As especificações, como capacidade da bateria e selo do Inmetro, devem ser consideradas; é preciso cuidado ao instalar acessórios que exijam muita energia.
A bateria é um dos componentes do carro que tem vida útil. Formada por um conjunto de pilhas ligadas em série ou em paralelo, ela dura, em média, de dois a três anos. Por alimentar o motor de arranque, as luzes e o sistema de ignição, as baterias são de total importância para o funcionamento dos veículos. Explicamos qual a maneira adequada para escolher o componente.
É de suma importância considerar que cada modelo de veículo disponível no mercado tem necessidades distintas e demanda uma bateria específica. Para saber qual a ideal para o seu carro, o motorista deve pesquisar, no manual, as características elétricas e os parâmetros do componente.
Feito isso, de acordo com o diretor de Engenharia do Grupo Moura, Antônio Júnior, é preciso checar a Capacidade Nominal contida no rótulo do produto. O item se refere à capacidade de acumular energia.
Versões diferentes de um mesmo modelo de automóvel, por exemplo, podem demandar mais ou menos energia para manter seus componentes elétricos em perfeito estado. Isso porque quanto mais acessórios, maior a necessidade de energia. “Caso a bateria comprada esteja fora dos padrões do fabricante, o motorista terá problemas elétricos”, explica o especialista.
As dimensões da bateria também devem ser levadas em conta. Mesmo com amperagens iguais, os componentes podem ter tamanhos distintos.
Outra dica é checar o selo do Inmetro: a certificação de baterias automotivas é obrigatória no Brasil, nenhuma bateria importada ou produzida por aqui pode ser comercializada sem a aprovação do órgão. Escolhendo uma bateria certificada, o consumidor tem a garantia de que o componente possui a mesma qualidade e vida útil do que a instalada na fábrica.
Caso tenha alguma dúvida, o motorista deve procurar a ajuda de especialistas. Júnior acrescenta: “Os carros mais modernos possuem algumas exigências na hora da troca da bateria, tais como tecnologia exclusiva e necessidade de parametrizações no sistema elétrico do veículo. Se os procedimentos não forem respeitados, itens como computador de bordo e injeção eletrônica podem ser desprogramados”.
Depois de comprar o conjunto de pilhas, deve-se confirmar a posição do polo positivo para garantir que a instalação seja adequada no espaço reservado para o componente. Existem riscos de pane em peças importantes e incêndio caso os polos sejam trocados na hora da instalação. Os prejuízos podem ser grandes.
As especificações da bateria vêm descritas no rótulo do objeto. Eles são designados por meio de siglas, que têm um significado específico. Entenda o que cada uma delas quer dizer:
- Ah – Ampère/hora – medida da capacidade de armazenamento elétrico que a bateria é capaz de proporcionar;
- CCA – Corrente de arranque a frio – indica a corrente máxima que o componente pode fornecer na partida.
- CA – Corrente de arranque – mede a corrente da bateria à temperatura de 25 ºC. O teste ainda não possui regulamentação, mas consta em algumas baterias do mercado brasileiro.
- RC – Reserva de capacidade – determina o tempo (em minutos) que o produto plenamente carregado pode fornecer 25 ampères até uma tensão final de 10,5 Volts.
O que acontece quando uma bateria com amperagem superior ou inferior à indicada é instalada no carro?
A escolha de uma bateria com uma capacidade nominal maior ou menor que o indicado resultará em uma vida útil mais curta e na falha precoce da bateria. Segundo Antônio Júnior, normalmente, o resultado é um baixo nível de carga acompanhado de defeitos como sobrecarga, sulfatação das placas da bateria ou descarga.
Instalação de acessórios
A instalação de acessórios que não venham de fábrica é uma questão sensível. O veículo sai com um balanço energético apropriado para os componentes originais e a instalação de novos dispositivos, como sons e DVDs, pode afetar o componente. De acordo com diretor de engenharia, “a troca da bateria por uma de maior capacidade nominal não é garantia de um sistema balanceado e a bateria poderá ter sua vida útil comprometida”.
Incluindo mais acessórios, é preciso analisar a capacidade do alternador. Se os novos acessórios demandarem muita energia, ele poderá não ter potência suficiente para alimentá-los e ainda conseguir recarregar a bateria.
Fonte:https://autopapo.com.br/noticia/bateria-automotiva-como-escolher/