As cores são componentes fundamentais em nossa vida, são referência para diferentes situações e certamente trazem mais beleza e alegria para o nosso dia a dia. Pois é assim também com os automóveis, que têm na tonalidade estampada em sua carroceria um ponto decisivo para firmar a personalidade e o estilo.
O legal é que, como acontece com a moda, a cada temporada surgem novas tendências para as cores dos nossos carros. Mas como isso acontece? Tudo começa com muito estudo e pesquisa para atender os objetivos traçados para o novo modelo, trabalho que é realizado em conjunto por profissionais das fábricas de tintas e de automóveis.
Só para você ter uma ideia, conforme explica Andre de Palma, Gerente de Tintas Automotivas da BASF, atualmente existem mais de 2.500 tonalidades de cores, o que já representa um desafio e tanto para quem precisa definir a cor de um carro.
Como é de se imaginar, nesse processo os profissionais buscam as mais diferentes referências, mas tudo parte do desenho do carro e do perfil do público que se pretende atingir. E nesse molho entra muita coisa: moda, comportamento, gastronomia, esporte, política e tudo que tenha relação com nossos hábitos e aspirações.
Do lado da fabricante de tinta, existe um trabalho constante de criação de novas opções de cores – cerca de 65 por ano – as quais são repassadas para os projetistas da fabricante de automóveis. Esse material é uma das importantes ferramentas de apoio no processo de criação do novo carro e é utilizado a médio e longo prazo, já que um projeto desse tipo começa anos antes do veículo chegar efetivamente às lojas.
Identifique os tons de cada estilo.
Caso queira aprofundar seus conhecimentos sobre estilo de automóveis, preste atenção nesses detalhes, como explica De Palma, da BASF. Um carro grande e luxuoso, normalmente utiliza cores mais escuras, mais sombrias até. E por um motivo: são essas tonalidades quem permitem criar um efeito sutil para evidenciar a luxuosidade.
Já os invocados esportivos, aqui muito fácil de perceber, sempre carregam cores mais vibrantes para deixar clara a proposta de esportividade e de aventura. Não se trata de uma ciência exata, mas na prática, dificilmente as tradicionais cores associadas a um modelo de luxo vão se encaixar naquele com proposta esportiva.
Fim do preto e prata?
Mas como o assunto é tendência de cores para os nossos automóveis, o que esperar do futuro? Será que dá pra sonhar com um mundo mais colorido para os nossos carros e escapar dos previsíveis tons de preto, prata e agora também do branco que dominam nossas ruas?
Segundo Andre de Palma, dá para esperar sim o ressurgimento de modelos mais coloridos, assim como tínhamos nos anos 70; não por acaso, um período de grande efervescência cultural e que certamente influenciou a definição das cores dos automóveis da época.
A diferença é que agora vivemos a era da tecnologia, onde os tons de cinza com toques mais azulados devem ganhar força, assim como os ligados à natureza, como o marrom e aquele novo tom de laranja, bem próximo da cor de terra, opções que até já vemos em novos carros por aí.
Mas De Palma lembra que na América Latina o clima tropical – ponto determinante para o nosso temperamento também – segue influenciando nossa preferência por cores mais quentes. Prova disso é que a cor vermelha continua como a mais apreciada na região, seguida pelo azul.
“Ambas devem seguir prestigiadas, mas o que vai acontecer daqui pra frente é que esses tons de vermelho e azul terão novas variantes, tanto para as mais escuras como para as mais vibrantes. Então, dá para esperar mais alegria sim”, comentou.
Fonte:https://www.uol.com.br/carros/colunas/bene-gomes/2019/12/01/muito-alem-do-preto-e-cinza-como-e-definida-a-cor-que-seu-carro-tera.htm