Confira dicas e saiba se é possível substituir os modelos originais por outros mais modernos, mesmo em carros mais antigos.
Há aditivos específicos para serem misturados com água são oferecidos no mercado.
Vai chegando o verão e a época das pancadas de chuva. Então, vale a pena deixar os limpadores de para-brisa em ordem para viajar bem. Podem parecer simples, mas são itens importantes para a segurança de todos a bordo, já que, se não estiverem funcionando direito, não apenas a visibilidade ficará prejudicada, mas também haverá danos no para-brisa, que pode ser riscado pela borracha ressecada, torta, ou suja por impurezas.
Antes de qualquer outra orientação, saiba que as principais fabricantes de palhetas de para-brisa (Bosch e Dyna) recomendam trocá-las, pelo menos, uma vez por ano. Esse prazo pode cair pela metade se o carro ficar ao relento, exposto às intempéries. Com o sol batendo nas borrachas, elas tendem a se deformar e perder a flexibilidade, prejudicando o funcionamento. É quando começam aparecer os rangidos, a trepidação e os rastros de água sobrando no para-brisa.
Se as palhetas já chegaram a esse ponto, o melhor é trocá-las. Assim, você evitará riscar o para-brisa, levando um prejuízo bem maior. De acordo com Michael Marassatto, coordenador de Trade Marketing da divisão Automotive Aftermarket da Bosch, “ao substituir as palhetas é importante verificar a condição do motor e braço do limpador, além de checar se o esguicho de água está desobstruído e corretamente posicionado”.
Mas, se ainda estiverem novas, a primeira dica é sempre acionar o limpador junto com o lavador se o para-brisa estiver seco deixando de riscar o vidro e de entortar as lâminas de borracha. Ainda conforme Marassato, “outra situação que impacta na durabilidade do produto é usar o limpador para remover insetos no para-brisa, pois a gordura presente neles atrelada à trepidação do carro abrevia a eficiência do item”.
Sempre acione o limpador quando o para-brisa estiver molhado.
Lembre-se de nunca colocar detergente comum no reservatório de água, que também causa deterioração das lâminas de borracha. O ideal é utilizar os aditivos apropriados para serem misturados com a água, recomendados pelas fabricantes.
Para evitar que a palheta fique rangendo, vale mantê-las sempre limpas, uma vez que o acúmulo de sujeira e detritos nas dobradiças pode causar enrijecimento. Basta deixá-las na posição vertical, longe do para-brisa e utilizar um pano bem limpo e umedecido em água e/ou sabão neutro, nunca com querosene ou outros produtos químicos.
Outra dica é manter a borracha úmida, utilizando constantemente o esguicho de água e, ao abastecer o veículo, solicitar ao frentista a limpeza dos vidros.
Modelos modernos têm truque
Mesmo o simples ato de trocar as palhetas é mais complexo nos carros novos. A maioria dos carros mantêm os braços dos limpadores parcialmente ocultos pelo capô, por questões aerodinâmicas.
Nestes modelos só é possível trocar as palhetas posicionando-as no modo de serviço, ou inverno. Normalmente isso é feito dando apenas um toque no comando do limpador com o veículo desligado, mas alguns modelos, sobretudo alemães, só entram nesse modo por meio de ajustes no computador de bordo.
Outros dois fatores também podem fazer as palhetas pularem no para-brisa, causando aquele ruído característico. Um deles é o erro de encerar os vidros. Portando, nunca passe cera automotiva na superfície.
Dá para trocar palhetas convencionais por outras do tipo flat.
Além disso, há quem ande por aí com películas na parte externa do vidro dianteiro, o que pode aumentar a fricção entre a área envidraçada e as lâminas de borracha, causando o ranger.
Posso trocar a palheta original por uma mais moderna?
Basicamente, existem dois tipos de palhetas: as convencionais, feitas com estrutura de plástico ou metal e as mais modernas, conhecidas como “flat blade”, que integram a estrutura à própria borracha que varre o vidro. Conforme a Bosch, é possível aplicar a palheta do tipo “flat blade”, ou siliconada, mesmo em veículos mais antigos. O ponto importante a ser considerado é o tipo de encaixe e a dimensão da palheta e não o modelo do veículo em si.
As palhetas do tipo “flat blade”, além de serem mais modernas e terem um design diferenciado, contam com uma eficiência de limpeza superior por conta da maior pressão do componente no vidro. A durabilidade também é maior por não ter partes metálicas expostas, o que evita a corrosão do metal em virtude da incidência do sol e chuva. Por outro lado, o custo desse tipo de palheta também costuma ser superior ao de modelos convencionais.
Fonte:https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2019/12/como-cuidar-e-trocar-palhetas-de-para-brisa.html