Não é novidade para ninguém de que os pneus, sendo um estepe temporário ou os que estão em uso no carro, devem manter seu alto nível de performance durante toda a sua vida útil. Seu desgaste depende do estilo de condução, condições da pista, frequência de calibragem e manutenção. Quando eles atingem o limite de segurança ou sofrem algum dano irreparável, é hora de trocá-los.
Antes de mais nada, você sabe qual a diferença do estepe temporário para o estepe normal?
Muitos carros atuais possuem estepes temporários. Eles são bem mais finos e, por isso, ocupam menos espaço no veículo. Porém, diferentemente deles, não podem ser usados como quinto pneu permanentemente. O mesmo serve para modelos com aro menor que o das demais rodas. A utilização é apenas enquanto um novo não é providenciado. Isso porque a recomendação, no geral, é rodar com o estepe temporário à velocidade de 80 km/h. Acima disso, passa a ter risco de o componente explodir.
Ou seja, quem viaja muito e não tem seguro, certamente irá preferir levar um estepe convencional no porta-malas. Quem tem seguro ou não se importa em correr o risco de ter que fazer metade da viagem em baixa velocidade e com cuidado, poderá usar o estepe temporário sem problemas.
Estepe temporário ou estepe convencional no carro é obrigatório?
O estepe temporário ou convencional é obrigatório para todos os automóveis nacionais ou importados. Porém, em alguns casos, a legislação permite a ausência do item, desde que o motivo seja tecnicamente comprovado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Uma das exceções do uso do estepe de carro é para veículos equipados com pneus run flat.
De acordo com a resolução 540/15 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), nesse caso, exige-se selante em quantidade suficiente para o reparo de pelo menos um pneu, além de um dispositivo que permita enchê-lo até a pressão recomendada. Ônibus ou micro-ônibus de transporte urbano, caminhões de lixo ou concreto e blindados de transporte de valores e veículos com peso bruto (PBT) de até 3,5 toneladas, desde que solicitem no Contran a dispensa do equipamento, também não precisam usar o item.
Durante quanto tempo é possível rodar com o estepe temporário?
O estepe temporário só deve ser usado pelo tempo e distância necessários para chegar a uma borracharia ou a um lugar seguro. Ele tem durabilidade inferior e por isso só pode ser usado em até 80 km/h. Nas cidades isso não é um problema grave, mas em viagens longas um pneu furado pode representar quase metade do caminho em velocidades baixas devido à limitação do pneu. Além disso, ele não terá a mesma capacidade de frenagem e de tração, nem a mesma aderência dos demais pneus, o que exige ainda mais cuidado na condução.
O estepe temporário pode entrar na troca frequente de rodízios de pneus?
A resposta é não! O estepe temporário não pode entrar no rodízio de pneus, nem formar par com um pneu novo na hora de trocar os pneus velhos do carro.
Até mesmo o rodízio com o estepe tradicional não é recomendado, porque você acabará com pneus com diferentes níveis de desgaste em um mesmo eixo. Já a formação de par com um pneu novo na hora da troca não faz sentido: se um pneu não é seguro para rodar, ele também não é seguro para servir como estepe e, na melhor das hipóteses, deverá ser usado com a mesma cautela necessária com o estepe temporário.
Qual o prazo de validade de um estepe temporário?
Bem, depois de cinco a seis anos, o pneu perde algumas de suas características como flexibilidade e começa a ressecar e endurecer. A aderência no asfalto também é reduzida. Já depois de 10 anos de fabricação, o pneu não deve mais ser utilizado pois surgem trincas e falhas no composto de borracha e há riscos de estouro no caso de velocidades mais elevadas.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre as características de um estepe temporário, vamos te dar algumas dicas valiosas que ajudarão a manter você em segurança:
- O estepe precisa ser calibrado periodicamente, pois tende a perder a pressão quando parado na reserva;
- Se você trocou as rodas dos pneus do carro, faça o mesmo com o estepe. O encaixe deve ser perfeito para evitar desgastes na suspensão, na geometria e no próprio pneu;
- Certifique-se que em toda a troca de pneus, eles recebam válvulas de ar novas, passem por alinhamento para regular a direção, suspensão e balanceamento, para equilibrar tanto os pneus quanto as rodas;
- Os pneus novos devem ser instalados no eixo traseiro, isso porque eles são responsáveis pela estabilidade do veículo. No caso de aquaplanagem ou frenagens bruscas, é possível controlar o carro com os pneus dianteiros, no entanto, se os pneus de trás estiverem desgastados, o motorista perderá o controle do veículo facilmente.
Vai trocar o pneu por um estepe temporário? Fique atento às dicas práticas de segurança:
- Pare em local seguro, dê preferência distante da rua ou estrada e sinalize com triângulo de segurança e pisca-alerta.
- Antes de começar a levantar o carro com o macaco, afrouxe os parafusos das rodas sem tirá-los por completo.
- Faça a troca em superfícies planas e uniformes para que o macaco fique perfeitamente apoiado no chão. Evite trocar na grama, terra fofa ou paralelepípedos. Em pisos escorregadios, utilize o tapete do carro sob o macaco.
- Apoie totalmente a base do macaco no chão antes de começar a levantar o carro. Evite deixar as pernas sob o carro durante a troca.
- Ao instalar o estepe, coloque os parafusos em X para que a fixação seja a mais uniforme possível.
- Abaixe o carro e dê um aperto final em todos os parafusos.
Fonte: https://pemavel.com.br/saiba-aqui-os-riscos-e-limitacoes-de-rodar-com-estepe-temporario/